O mandato de Rafael Greca deve passar por um significativo ajuste fiscal ainda neste primeiro semestre. O prefeito, que assumiu neste mês, prepara o pacote com seu secretário de Finanças, Vitor Puppi. Interlocutores de Greca dizem que o ajuste deve ser pesado.
“Nas conversas, ele tem citado o exemplo do que fez o governador Beto Richa”, diz um aliado. “Foi um ajuste pesado mas que está mostrando resultados”, afirma. Ou seja: o pacote deve ser aos moldes do que foi implantado pelo secretário Mauro Ricardo Costa.
O que se diz no grupo de Greca é que as principais mudanças deverão se voltar para o público interno da prefeitura. Uma possibilidade é a reforma do sistema de previdência do funcionalismo municipal, gerenciado pelo IPMC.
O ex-prefeito Gustavo Fruet parcelou uma dívida multimilionária do IPMC no seu mandato, pedindo à Câmara o parcelamento de R$ 212 milhões que não foram repassados como contribuição patronal.
O governador Beto Richa também usou a previdência do funcionalismo estadual como uma das principais ferramentas para recuperar as finanças do estado, combalidas durante o seu primeiro mandato, encerrado em 2014.
No caso de Richa, a mudança era mais fácil, porque havia um fundo previdenciário e era possível passar mais funcionários para lá. No caso do município, não existe essa “poupança” para ser consumida.
O discurso entre os aliados é que, independente de quais sejam as medidas enviadas à Câmara, o ajuste precisará ser duro. Neste mês, por exemplo, segundo vereadores e aliados, Greca estaria com problema para honrar sua primeira folha de pagamento: faltam R$ 20 milhões para fechar as contas.
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