A revelação da “caixa-preta” de Itaipu mostrou que os diretores da usina têm salários muito mais altos do que o teto do funcionalismo nacional. O diretor-geral do lado brasileiro hoje recebe R$ 69 mil mensais. Os demais diretores, R$ 67 mil – o dobro de um ministro do STF.
Hoje, quem está no posto mais alto da empresa é Luiz Fernando Vianna, ex-presidente da Copel, um sujeito que fez uma carreira técnica mais do que política. Mas a tradição de Itaipu é de dar o cargo para um paranaense que tenha relação com o partido do presidente.
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Nos 14 anos anteriores, quem esteve na diretoria-geral brasileira foi Jorge Samek, ex-vereador de Curitiba, deputado federal eleito pelo PT e amigão de Lula. A se imaginar que o salário, corrigido, tenha sido sempre o mesmo, ao longo de sua gestão Samek teria recebido nada menos do que R$ 12,5 milhões.
Antes dele, Euclides Scalco foi o rei de Itaipu nos mandatos de Fernando Henrique Cardoso, de quem também era amigo do peito. E no governo de José Sarney quem comandou a usina foi o ex-ministro Ney Braga.
Nos cargos de diretoria, entre outros políticos do Paraná, estiveram em ano recentes a senadora Gleisi Hoffmann, o deputado federal Rubens Bueno, o ex-deputado Fabiano Braga Côrtes e o ex-deputado Nelton Friedrich.
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