Joesley: perplexo com a corrupção. Foto: Ayrton Vignola/Estadão Conteúdo.| Foto:

O uso das delações premiadas tem sido uma bênção para a gente descobrir quem metia a mão no jarro. Sem isso, dificilmente a coisa teria passado do primeiro nível de bagrinhos. Agora, estamos com três presidentes da República investigados (além dos próximos dois nomes na linha sucessória). Aliviar penas dos elos mais fracos da corrente para pegar os peixes grandes é inteligente e totalmente defensável.

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Mas, indo à vaca fria. É um absurdo o acordo que os irmãos donos da JBS conseguiram para falar o que sabiam. Wesley e Joesley Batista fecharam o acordo do século. Não é que eles terão a pena diminuída: não terão pena. Saíram da procuradoria livres como entraram. Não vão usar tornozeleira. Ficam livres para fazer o que quiserem: inclusive para controlar as empresas que usaram para comprar meio país; e para passear por aí, mundo afora.

Uma coisa é o cara trocar uma pena de 30 anos por outra de 10. Ou então trocar um ano na cadeia por uma prisão domiciliar (o que já é bem contestável). Mas sair comprando instituições com propina e seguir como se nada tivesse acontecido, meramente por colaborar com as investigações, é um exagero imperdoável.

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