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A Assembleia Legislativa teve um momento constrangedor na abertura de seus trabalhos, nesta quinta-feira. Depois do discurso oficial do governador Beto Richa (PSDB), a banda que animava a cerimônia passou a tocar o jingle da campanha dele em 2010.

O plenário todo ouviu “Todo mundo está com o Beto, eu também estou”. Quem estava assistindo à transmissão pela TV Sinal, da Assembleia, também ouviu a cantora Marise Farias entoar a letra, que tem trechos como: “Quero Beto Richa, meu governador”.

Ficou com cara de uso de uma instituição pública para fins partidários. A Assembleia nega que tenha pedido à cantora para fazer a homenagem. E fez uma gravação de Marise Farias dizendo que a ideia foi exclusivamente dela.

“Estou acostumada a cantar em homenagens. E não me toquei que hoje não era uma homenagem”, disse.

A Assembleia, não custa lembrar, é presidida por um correligionário de Richa, o deputado estadual Valdir Rossoni (PSDB).

Especialistas ouvidos pelo blog dizem que em casos como esse há risco inclusive de condenação por improbidade administrativa.

“Depois de eleito, o governador não representa mais um partido, não está em campanha”, afirma o cientista político Ricardo Costa de Oliveira, da Universidade Federal do Paraná. “Ele representa o estado como um todo.”

Veja mais na edição impressa da Gazeta desta sexta-feira.

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