O jornal diário francês Le Parisien anunciou que pela primeira vez não vai encomendar pesquisas de intenção de voto em uma eleição presidencial. A decisão causou uma polêmica no país: afinal, lá como aqui discute-se se esse tipo de pesquisa é salutar para a democracia.
Na França, as eleições presidenciais deste ano tendem à direita. O candidato de direita François Fillon é visto como provável adversário da ultradireitista Marine Le Pen no segundo turno. Pela esquerda, disputam Emmanuel Macron e Jean-Luc Mélenchon.
A decisão do Le Parisien teria sido afetada pelos erros de institutos de pesquisas em duas disputas eleitorais recentes: a decisão dos britânicos de abandonar a União Europeia e a vitória de Donald Trump nos Estados Unidos.
“Ao invés de continuar simplesmente falando sobre o que algumas pessoas veem como erros das pesquisas, decidimos voltar àquilo que é o cerne da profissão: sair a campo, ficar perto das pessoas”, disse ao Guardian a editora do jornal, Stephane Albouy.
Segundo ela, não se trata de uma acusação aos institutos de pesquisa, e sim ao modo como os meios de comunicação utilizam os números.
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