A Justiça Eleitoral negou pedido de direito de resposta do governador Beto Richa (PSDB) contra propaganda da campanha de Gustavo Fruet (PDT) sobre os fatos do 29 de abril de 2015 – a chamada “Batalha do Centro Cívico”.
Fruet, desafeto de Richa, tem se esforçado por colar a imagem de Richa a Rafael Greca (PMN). No anúncio exibido na semana passada, Fruet lembrava a dura repressão da Polícia Militar aos manifestantes que protestavam contra o ajuste fiscal de Richa. A PM deixou 213 feridos.
No filmete, a equipe de Fruet exibia imagens dos manifestantes apanhando e de PMs jogando bombas e atirando com balas de borracha.
“Naquele dia de um lado estavam os professores do Estado sendo agredidos, humilhados e impedidos pelo Governador Beto Richa de lutar por uma educação melhor. Do outro estava o prefeito Gustavo Fruet que valoriza a educação e acolheu, protegeu e prestou atendimento aos professores feridos”, diz o texto.
Richa alegou que os fatos são inverídicos, que o filme faz parecer que ele foi responsável pessoalmente pela agressão e que os fatos foram dramatizados pelo uso de música e efeitos visuais.
A juíza Sayonara Sedano negou que os fatos sejam inverídicos e disse que não há motivo para o direito de resposta.
“Isso porque o tema em debate ficou conhecido como a ‘Batalha do Centro Cívico’ , como demonstra reportagem trazida pelo próprio representante (fl. 17) e, ainda que não possa ser considerada como certa a responsabilização do representante quanto aos fatos que lá ocorreram, também não há como, de maneira incontestável, afirmar-se o contrário, já que as questões envolvendo o acontecimento do dia 29 ainda não estão por completo elucidadas.”
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