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Lei que exige horário no ponto do ônibus entra em vigor. Mas não vale nada
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Benett

O prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet (PDT), sancionou nesta semana a lei que obriga a UIrbs a colocar o horário do ônibus em todos os pontos da cidade. Saiu no Diário Oficial e tudo. No entanto, há um truque. Do jeito que a lei está, não serve para nada.

A proposta enfim aprovada pelos vereadores degenerou bastante desde o original apresentado por Bruno Pessuti e e Jonny Stica. Principalmente por dois motivos. Prevê que os horários só serão expostos caso a prefeitura considere tecnicamente viável. Segundo, prevê a hipótese de o horário ser divulgado apenas via aplicativo de celular.

Segundo Bruno Pessuti, um dos autores da lei, a ideia é que a lei seja um primeiro passo para cobrar a prefeitura e exigir que realmente haja um cartaz ou placa em cada parada de ônibus. Mas a gestão municipal já andou dizendo que isso sai “caro demais”, já que são 6 mil pontos de ônibus na cidade.

Fruet declarou que metade da população já têm acesso às redes sociais via smartphone. Os aplicativos também funcionam para quem tem os celulares caros. No entanto, o horário no ponto serviria justamente para a outra metade dos contribuintes que, até onde se sabe, são tão importantes quanto os que têm smartphone.

Além do mais, o serviço de internet nem sempre funciona. Ou o sujeito pode não querer gastar seu dinheirinho com isso. Um papel colado com adesivo resolveria melhor do que os aplicativos, no caso dessas pessoas. Não custa tanto assim.

Os vereadores esperam que, com o fim do contrato da Clear Channel, a prefeitura obrigue a nova empresa que ganhar o contrato do mobiliário urbano a fazer controle eletrônico por meio de placares colocados nos pontos. Mas é uma esperança, não mais. E pode ocorrer como no caso da Clear Channel. Pontos bonitos e vistosos no Centro e bairros nobres. E plaquinhas em meio ao mato para indicar a parada nos bairros periféricos.

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