Joaquim Levy é o Mauro Ricardo da presidente Dilma. O ministro faz o mesmo jogo duro que o secretário da Fazenda de Beto Richa. Ambos pregam um ajuste fiscal duríssimo e não estão nem aí para a repercussão política do que estão fazendo.
O último ato de Levy foi, pela primeira vez em uma década, decidir que não iria pagar o adiantamento da primeira parcela do décimo terceiro em setembro. Alegou que isso ia aumentar ainda mais o rombo das contas públicas.
O desgaste foi tanto que o governo agora decidiu voltar atrás, só não se sabe ainda como. Até porque é um dinheiro que vai ter de ser pago de qualquer jeito. São R$ 15 bilhões que ou saem do caixa agora ou daqui a três meses. E é uma decisão que afeta 32 milhões de pessoas. Contando mais um dependente por beneficiário, em média, são 64 milhões de pessoas afetadas. Um terço do país.
A decisão, para piorar, vem sem aviso prévio. O sujeito descobre que não vai receber e tem que se virar de qualquer jeito. Isso num momento em que a presidente tem popularidade de um dígito e milhões de pessoas querem o impeachment dela. Sensibilidade política zero.
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