Uma lista que corre no plenário da Assembleia Legislativa mostra quem seriam os “padrinhos” de ambulâncias que estão sendo entregues pelo governo do estado a municípios.
Os deputados que ficaram ao lado do governo nas votações polêmicas da reforma da previdência, entre outras, tiveram a possibilidade de fazer fotos com o governador Beto Richa (PSDB) para dizer que têm participação na compra.
A lista, cuja legitimidade não é confirmada pelo governo, traz o nome dos 33 deputados e, ao lado, três municípios que estariam recebendo ambulâncias com seu apadrinhamento.
Nos últimos dias, a tensão subiu entre deputados governistas e “independentes”. Quem votou com o governo nas votações polêmicas tem achado ruim que os que preferiram passar para o outro lado nos momentos difíceis continuem “apadrinhando” inaugurações.
A maior polêmica veio quando Marcio Pauliki (PDT) inaugurou ao lado do governador cinco leitos de UTI me Ponta Grossa. O deputado Plauto Miró (DEM), também da cidade, reclamou. E como protesto contra esse tipo de atitude do governo alguns deputados teriam esvaziado o plenário.
Na terça-feira, o líder do governo, Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), chegou a admitir o critério político da entrega. “Vocês escolheram um lado e agora arquem com o ônus de ser oposição. Nesta Casa, quem tem capacidade de transformar políticas públicas é quem tem condições de dialogar com o governo.”
Nesta quarta-feira, Romanelli mudou o discurso e disse que o critério é meramente técnico. Mas foi contestado pelo próprio colega de PMDB, Requião Filho. “Se o massacre dos professores e a extinção do ParanáPrevidência custaram três ambulâncias, no próximo projeto polêmico o governador só vai precisar prometer dar uma volta de carro em torno da Assembleia segurando a mão do deputado”, disse. Romanelli acusou Requião de ter “dor de cotovelo”.
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