A prisão de Luiz Abi nesta segunda-feira causou uma infinidade de especulações na política paranaense. Principalmente pelo fato de ele ser muito próximo ao governador Beto Richa (PSDB).
Do lado do Palácio, uma das preocupações foi de desmentir que haja um parentesco mais próximo entre as duas partes. Abi sempre foi citado como “primo” do governador. Mas segundo fontes oficiais, isso não é bem assim. A avó de Abi seria irmã da bisavó do governador. E só.
De acordo com um político próximo a Richa, a proximidade com o governador foi construída muito menos em cima do parentesco, realmente distante, e muito mais em torno de uma simpatia crescente. “O cargo de primo foi forjado ao longo do tempo”, disse.
Abi, segundo quem acompanhou a sua evolução, participou do grupo de Richa desde a primeira eleição para a prefeitura, em 2004. Nunca com cargo (pelo menos no governo). Era um operador do grupo: influente, mas sempre discreto. Acompanhou o prefeito por cinco anos, e só teria sido repreendido quando tentou atuar na parte política (teria tentado influenciar na eleição da Câmara e recebeu ordens para recuar).
Em 2008, esteve ao lado de Richa na reeleição. E nunca mais deixou de ter influência. Segundo quem o conhece, Abi tem várias ligações em secretarias e empresas estatais. Entre elas, estariam:
– Secretaria da Administração
– Secretaria da Fazenda, especialmente a Receita Estadual
– Copel, inclusive na Elejor
– Sanepar
– Celepar
– Sercomtel, onde sua esposa é vice-presidente
As investigações, por enquanto, têm a ver com o Departamento de Transportes, o Deto, ligado à Secretaria da Administração.
Inelegibilidade de Caiado embaralha ainda mais a disputa pela presidência em 2026
Oposição e juristas questionam prisão de Braga Netto sem indícios atuais de obstrução
Lula diz que Braga Netto tem direito à presunção de inocência que ele não teve
Como fica a última praia deserta de Balneário Camboriú após leilão da Caixa
Inteligência americana pode ter colaborado com governo brasileiro em casos de censura no Brasil
Lula encontra brecha na catástrofe gaúcha e mira nas eleições de 2026
Barroso adota “política do pensamento” e reclama de liberdade de expressão na internet
Paulo Pimenta: O Salvador Apolítico das Enchentes no RS