Tem certas discussões nos jornais que me irritam. Todo mundo sabe que não faz sentido e ficam insistindo na coisa. Agora é essa onda da Folha de S. Paulo de dizer que o Lula está tentando ser secretário-geral da ONU. Não é o caso e ele já disse que não é o caso.
O rodízio de continentes, para começar, não prevê um secretário-geral das Américas em décadas. Depois do último daqui, o peruano Javier Pérez de Cuellar, só houve a vez da África (Butros Butros-Ghali e Koffi Annan) e agora a Ásia (Ban Ki-moon). O sul coreano ainda tem direito á reeleição. E depois faltam dois continentes, com dez anos cada, antes que volte um americano ao cargo.
Mas hoje, a Folha chegou à conclusão de que Lula não tem o perfil para o cargo. Veja:
“O Conselho de Segurança prefere figuras mais discretas, diz Fasulo, e Lula “tem muita bagagem política, no sentido de que todos sabem suas preferências, então os que discordam dele vão garantir que seja derrotado”.”
Foi exatamente o que o próprio Lula disse meses atrás, em entrevista ao Canal Livre, da Band. O cargo, disse ele, tem que ser de um burocrata. Não pode ser de um político que tenha peso, que seja conhecido. Desde lá, o presidente tem repetido a mesma coisa.
É exatamente a mesma coisa que aconteceu com a história do “terceiro mandato” de Lula. O presidente sempre disse que não tentaria. Todo mundo dizia. Mas a imprensa insistia, sabe lá por que.
Sinceramente, também não consigo entender porque insistem nesse assunto da ONU. Acho que é só para dizerem depois que Lula não conseguiu o que queria. Sei lá.
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