De vez em quando, a luta pelos direitos humanos no Brasil leva a algum resultado positivo. E não há como negar que a Lei Maria da Penha é um desses avanços. Num país machista em que o feminicídio é uma constante, ter uma lei que coíbe crimes do gênero é fundamental.
Por isso, a iniciativa da Câmara Distrital do Distrito federal de anunciar Maria da Penha como candidata ao Nobel da Paz não é apenas uma indicação simbólica. A principal ativista que levou à criação da lei tem uma história dramática em si: ficou presa a uma cadeira de rodas pelas agressões de um homem.
Mas não é só isso. A luta dela faz com que hoje milhares de mulheres agredidas possam recorrer à polícia e ao Judiciário e que tenham mais facilidade para ser atendida.
A última vez que o Brasil apresentou uma candidatura viável ao Nobel da Paz foi com a doutora Zilda Arns, que fundou a Pastoral da Criança, responsável por salvar centenas de milhares de crianças. A nova candidata, ganhe ou não, tem um trabalho igualmente elogiável.
E o Brasil, assim poderia se tornar referência para que outros países adotem legislações semelhantes – algo que teria peso principalmente em países onde o assassinato de mulheres ainda é visto como natural quando a “honra” está envolvida – caso do Paquistão, por exemplo.
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