De vez em quando, a luta pelos direitos humanos no Brasil leva a algum resultado positivo. E não há como negar que a Lei Maria da Penha é um desses avanços. Num país machista em que o feminicídio é uma constante, ter uma lei que coíbe crimes do gênero é fundamental.
Por isso, a iniciativa da Câmara Distrital do Distrito federal de anunciar Maria da Penha como candidata ao Nobel da Paz não é apenas uma indicação simbólica. A principal ativista que levou à criação da lei tem uma história dramática em si: ficou presa a uma cadeira de rodas pelas agressões de um homem.
Mas não é só isso. A luta dela faz com que hoje milhares de mulheres agredidas possam recorrer à polícia e ao Judiciário e que tenham mais facilidade para ser atendida.
A última vez que o Brasil apresentou uma candidatura viável ao Nobel da Paz foi com a doutora Zilda Arns, que fundou a Pastoral da Criança, responsável por salvar centenas de milhares de crianças. A nova candidata, ganhe ou não, tem um trabalho igualmente elogiável.
E o Brasil, assim poderia se tornar referência para que outros países adotem legislações semelhantes – algo que teria peso principalmente em países onde o assassinato de mulheres ainda é visto como natural quando a “honra” está envolvida – caso do Paquistão, por exemplo.
Siga o blog no Twitter.
Curta a página do Caixa Zero no Facebook.
PT apresenta novo “PL da Censura” para regular redes após crescimento da direita nas urnas
Janjapalooza terá apoio de estatais e “cachês simbólicos” devem somar R$ 900 mil
Não há inflação baixa sem controle de gastos: Banco Central repete alerta a Lula
De 6×1 a 4×3: PEC da redução de jornada é populista e pode ser “armadilha” para o emprego
Inteligência americana pode ter colaborado com governo brasileiro em casos de censura no Brasil
Lula encontra brecha na catástrofe gaúcha e mira nas eleições de 2026
Barroso adota “política do pensamento” e reclama de liberdade de expressão na internet
Paulo Pimenta: O Salvador Apolítico das Enchentes no RS