É nisso que dá querer ler em folhas de chá ou em bolsas de apostas. Falhei feio na predição de quem seria o Nobel de Literatura de 2010.

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Para nós, latino-americanos, a notícia foi para lá de boa. Pela sexta vez desde o início da história do prêmio, um autor do continente ganhou.

Mario Vargas Llosa merecia faz tempo. Não sou um grande conhecedor de sua obra. Mas o que li me impressionou tremendamente. Pantaleão e as visitadoras é certamente uma das coisas mais engraçadas (e bem escritas) que li. Tia Julia e o escrivinhador é um baita romance, modelo de estrutura e de forma.

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Nos próximos dias vão discutir um monte a obra de Vargas Llosa e também sua participação na política (foi candidato a presidente do Peru, nos anos 9o, contra Alberto Fujimori).

Vão criticá-lo por ser liberal, alguém há de chamá-lo de pornográfico, outro vai lhe desancar por ter sido a favor da guerra no Iraque.

Não importa. O que conta, aqui é que, como escritor, ele é, há muito tempo, um dos melhores nomes da América do Sul (quem mais, depois de García Marquez e Borges conseguiu esse impacto?)

Parabéns a ele. E vaias para mim, por ter errado o vencedor…

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