A ideia de fazer com que os radares meçam o tempo que um motorista levou entre duas medições para saber se ele ultrapassa o limite quando não está sendo fiscalizado é excelente. Sabe-se que muita gente enfia o pé no acelerador assim que passa pelo radar. Em 2008, reportagem da Gazeta mostrava que logo após a fiscalização a velocidade chegava a subir a 140 km/h.
É difícil, porém, que alguém seja multado por isso. Além de andar acima da velocidade permitida, terá de não pegar nenhum congestionamento no caminho, pegar dois radares em sequência numa mesma via e ainda não ter de parar em nenhum sinal vermelho entre uma coisa e outra (e os curitibanos bem sabem o quanto isso é difícil).
No entanto, a prefeitura mostra que pode adotar um bom caminho, que é o da tolerância zero com as infrações de trânsito. Até hoje, a opção tem sido a de facilitar a vida do infrator, sinalizando radares, por exemplo, mesmo depois de a legislação nacional ter decidido que isso não é necessário.
Para não ser acusada de manter uma “indústria das multas”, a prefeitura prefere ser conivente om quem anda acima da velocidade permitida, pondo a vida dos outros em risco. É preciso ser mais duro. Não adianta diminuir a velocidade só quando há radares, e ainda mais radares sinalizados. Seria o mesmo que não roubar só quando há um policial olhando.
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