A ideia de fazer com que os radares meçam o tempo que um motorista levou entre duas medições para saber se ele ultrapassa o limite quando não está sendo fiscalizado é excelente. Sabe-se que muita gente enfia o pé no acelerador assim que passa pelo radar. Em 2008, reportagem da Gazeta mostrava que logo após a fiscalização a velocidade chegava a subir a 140 km/h.
É difícil, porém, que alguém seja multado por isso. Além de andar acima da velocidade permitida, terá de não pegar nenhum congestionamento no caminho, pegar dois radares em sequência numa mesma via e ainda não ter de parar em nenhum sinal vermelho entre uma coisa e outra (e os curitibanos bem sabem o quanto isso é difícil).
No entanto, a prefeitura mostra que pode adotar um bom caminho, que é o da tolerância zero com as infrações de trânsito. Até hoje, a opção tem sido a de facilitar a vida do infrator, sinalizando radares, por exemplo, mesmo depois de a legislação nacional ter decidido que isso não é necessário.
Para não ser acusada de manter uma “indústria das multas”, a prefeitura prefere ser conivente om quem anda acima da velocidade permitida, pondo a vida dos outros em risco. É preciso ser mais duro. Não adianta diminuir a velocidade só quando há radares, e ainda mais radares sinalizados. Seria o mesmo que não roubar só quando há um policial olhando.
Curta a página do Caixa Zero no Facebook.
Siga o blog no Twitter.
Fim do ano legislativo dispara corrida por votação de urgências na Câmara
Teólogo pró-Lula sugere que igrejas agradeçam a Deus pelo “livramento do golpe”
Boicote do agro ameaça abastecimento do Carrefour; bares e restaurantes aderem ao protesto
Frases da Semana: “Alexandre de Moraes é um grande parceiro”
Inteligência americana pode ter colaborado com governo brasileiro em casos de censura no Brasil
Lula encontra brecha na catástrofe gaúcha e mira nas eleições de 2026
Barroso adota “política do pensamento” e reclama de liberdade de expressão na internet
Paulo Pimenta: O Salvador Apolítico das Enchentes no RS