Alfredo Kaefer (PSL) foi um dos dois deputados paranaenses a se abster na votação que cassou Eduardo Cunha (PMDB-RJ) nesta segunda. Veja a entrevista do deputado ao blog:
Por que o sr. decidiu se abster?
Para mim foi uma questão de conceito. quando eu votei o painel estava cheio. Eu estava absolutamente convicto de que o Eduardo ia ser cassado com uma votação fragorosa. Mas nem por isso deixei de marcar abstenção. É uma prerrogativa do deputado quando não se sente confortável. Eu jamais votaria não. Mas também não queria votar sim sem ele ter sido julgado no Supremo. Até um criminoso tem direito a julgamento pleno num Estado de direito.
Mas isso significa que o sr. o absolveu?
Não entrei no mérito. Não li o processo. São milhares de páginas e a gente não teve acesso. Não me sinto competente para fazer esse julgamento sem os autos. Agora, se ele viesse com uma condenação do Supremo seria outra coisa.
Mas no caso da Dilma o sr. votou pela abertura do processo de impeachment sem condenação no STF. São coisas diferentes?
São coisas totalmente diferentes uma da outra. No caso da Dilma, votamos pela admissibilidade do processo.
O sr. votou no Cunha para presidente da Câmara?
Eu e mais 267 deputados votaram nele, mas isso foi num outro contexto.
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