O vereador Paulo Salamuni (PV) diz que ainda não foi convidado formalmente para ser líder do prefeito Gustavo Fruet (PDT) na Câmara. Diz que apenas “conversou” com pessoas ligadas ao prefeito. Depois de um mandato de dois anos como presidente da Câmara, ele diz que imagina ter economizado até R$ 100 milhões no Legislativo local.
O sr. vai ser líder do prefeito?
Esse convite tem de partir do prefeito. Falei com ele e com assessores dele informalmente, mas ainda não há convite formal. De qualquer jeito, seja como líder ou não, vou apoiar o Gustavo. Nosso jeito de fazer política é muito parecido e me vejo comprometido com ele. Quanto à liderança, isso deve ser decidido logo, porque no começo de fevereiro já estamos em sessão.
Como presidente o sr. arranjou inimigos na Câmara. Isso não prejudicaria a liderança?
O prefeito precisa avaliar isso. Fiz uma gestão que desagradou alguns. Implantei ponto biométrico, não paguei o décimo terceiro, não fiz o reajuste da URV como muitos cobravam. Claro que isso desagradou a alguns. Mas tenho condições de conversar com todos. Minha gestão foi bastante democrática.
Como lidar com os vereadores que ameaçam sair da base do prefeito?
A sociedade correu um risco que nem imagina no fim do ano. As viúvas e os órfãos de um passado recente aqui na Câmara tentaram reconquistar a presidência. Evitamos isso. Agora precisamos cuidar desses dois anos que serão fundamentais até para a gestão do Fruet.
O sr. é favorável à construção do prédio novo da Câmara.
Acredito que nesses dois anos de gestão fizemos uma economia de quase R$ 100 milhões. Devolvemos R$ 21 milhões de orçamento, deixamos de pegar outros R$ 12 milhões, sem contar o dinheiro para emendas. E, fora isso, acumulamos R$ 50 milhões que estão num fundo. Não é só para o prédio, é para a manutenção da Câmara. Mas pode ser também para a sede nova.