O grupo de Beto Richa continua dividido. Os que tendem para a candidatura de Cida Borghetti preferem que o governador renuncie em abril, deixando o comando do estado para a sucessora natural. Os favoráveis a Ratinho não querem Cida no governo, e há gente trabalhando para que Beto fique no governo até o fim.
“O Beto, se ficar no governo, elege quem ele quiser”, diz um dos observadores. E esse é um dos argumentos para tentar convencer o governador: ele teria pleno domínio da sua sucessão. Porque, não se engane – a máquina do estado é grande e tem um peso enorme na eleição.
O problema é que, nesse esquema das coisas, Richa não sairia ganhando nada. Abriria mão de uma cadeira no Senado quase certa por oito anos e, em troca, receberia o quê? O que anda se insinuando por aí agora é que o prêmio poderia vir num governo Alckmin.
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Richa não esconde de ninguém que Alckmin era seu candidato desde o começo, pelo menos desde que Aécio, seu antigo melhor amigo, ficou inviabilizado pelas gravações de Joesley. E a ideia de ser ministro não deve lhe parecer de todo má. Hoje, Richa é vice-presidente de Alckmin no PSDB nacional.
Claro que é algo bem mais etéreo. As chances de Alckmin ganhar a presidência podem até ser boas, mas hoje ele está longe de estar com a partida ganha. E ministério é bom: traz até foro privilegiado. Mas às vezes dura pouco, como sabe bem Osmar Serraglio, por exemplo.
Em todo caso, Beto Richa segue fazendo mistério. Em alguns dias, parece prestes a renunciar. No outro, se irrita com Ricardo Barros e parece que vai ficar. Resposta mesmo só daqui a três meses, em 7 de abril.
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