A principal consequência política da morte de Osama Bin Laden, pelo menos por enquanto, parece ser o fortalecimento da candidatura de Barack Obama à reeleição.
Obama tem dois principais problemas para se reeleger (os adversários, todos bastante fracos, não são um deles). O primeiro é a economia. O segundo é o discurso dos republicanos de que só eles podem dar segurança ao país.
Na economia, Obama ainda precisa remar bastante. Depois de ter herdado um país em tremenda crise financeira, o presidente já pôde anunciar algumas melhorias, principalmente na área de emprego. Mas falta muito para dizer que tudo está resolvido.
No outro front, porém, a semana que passou foi essencial para Obama. Primeiro, o presidente colocou no ar a sua certidão de nascimento, acabando com um boato maldoso dos republicanos de que ele não seria norte-americano.
Parece bobagem, mas esse era um dos principais argumentos dos críticos mais ácidos de Obama: ele teria nascido no Quênia. O que, agora, sabe-se sem dúvida ser uma mentira tola.
Depois, veio a morte de Bin Laden. Para se ter uma ideia do tamanho do evento, na noite de domingo, milhares de pessoas se reuniram em frente à Casa Branca e, aos berros, gritavam o nome do país e cantavam seu hino.
Um comentarista da CNN disse ao vivo: normlamente, só vemos pessoas reunidas assim na Casa Branca para fazer protestos contra algum escândalo. Nunca para comemorar algo.
Ao conseguir algo que era o sonho irrealizado de Bush, Obama tirou dos adversários o discurso de que os democratas são incapazes de proteger os EUA.
Ainda mais vendo os republicanos tão sem candidato que cogitam até mesmo lançar Donald Trump para a Presidência, parece que Obama está mesmo quase reeleito.
Siga o blog no Twitter.
Centrão quer tirar proveito da indefinição da direita para 2026 e da impopularidade de Lula
Lula descarta controle de gastos e aposta em medidas que podem elevar rombo
Ex-ministro de Bolsonaro usa o filme “Ainda Estou Aqui” para criticar excessos do STF
Eduardo Bolsonaro vê “jogo armado” de PT, PGR e Moraes para teter seu passaporte
Inteligência americana pode ter colaborado com governo brasileiro em casos de censura no Brasil
Lula encontra brecha na catástrofe gaúcha e mira nas eleições de 2026
Barroso adota “política do pensamento” e reclama de liberdade de expressão na internet
Paulo Pimenta: O Salvador Apolítico das Enchentes no RS