Se alguém te mostrasse provas inquestionáveis de que a verdade é o oposto do que você acredita, você mudaria de opinião? Quando se trata de política a resposta é: provavelmente não. Uma pesquisa realizada pelo The New York Times com 900 eleitores durante a campanha à Presidência americana mostrou que temos a tendência psicológica de dar mais credibilidade a informações que confirmem nosso viés de pensamento.
Inseridos dentro de bolhas de polarização estimuladas pelas redes sociais, temos cada vez mais dificuldade em nos expormos conscientemente a evidências que desafiam nossas crenças. Entre a real confirmação de nossas opiniões e o desejo de que elas se concretizem existe um longo caminho que pode ser alimentado com informação.
O estudo
Na pesquisa, duas perguntas simples foram feitas aos participantes da pesquisa: (1) Qual candidato eles queriam que ganhasse a eleição; e (2) Qual candidato acreditavam que provavelmente ganharia.
Dois grupos foram criados: a um deles foram mostradas pesquisas eleitorais que confirmavam que seu candidato de preferência ganharia. E ao outro grupo dados que mostravam que o candidato que não apoiavam sairia vencedor. O grupo que desejava a vitória de um candidato, mas foi apresentado com informações contrarias ao seu viés de pensamento quase não mudou de ideia.
O problema aqui é que polarização política cega – assim como os conflitos que surgem a partir dela – tem o poder mudar a percepção que temos da realidade e mesmo frente a informações que nos provam o contrário do que desejamos, é provável que nossa opinião não seja afetada.
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