Marina Silva usou uma frase de John McCain ao saber da vitória de Dilma Rousseff. Assim como o candidato derrotado do Partido Republicano em 2008, ela disse que a vitória transformava um candidato de parte da população em seu presidente.
Já Serra preferiu outro tom. O início de seu discurso ontem foi até humilde. Mas resumiu seu sentimento a Dilma dizendo que espera “que ela faça o bem para o país”.
Claro. Todos esperam. Mas, logo a seguir, falou que enfrentou forças terríveis na eleição. Mais do que isso. Passou a usar metáforas militares, que marcaram todo o seu discurso daí por diante.;
Disse que os militantes de sua campanha cavaram uma trincheira. Construíram uma fortaleza. E disse que “a luta continua”.
Claro que ninguém espera que Serra desista de seu projeto, ou que pare de fazer oposição. Seu papel é esse mesmo. Deve ser necessariamente aguerrido.
Mas existe uma tradição que manda, ao fim de uma campanha ríspida como essa, que se criem condições de o novo mandatário assumir em clima de tranquilidade. Sem ódios ou rancores que atrapalhem o novo governo desde o início.
McCain, que enfrentou uma campanha duríssima contra Obama em 2008, teve a sabedoria e a grandeza de fazer isso. Serra, não. Essa é a diferença de sair derrotado, mas por cima, ou de sair derrotado e nada mais.
Serra perdeu e não soube perder. Pior para ele.
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