| Foto:
CARREGANDO :)

 

O ex-líder soviético Mikhail Gorbachev publicou nesta semana um artigo na revista Time preocupado com o que, segundo ele, parece ser uma série de preparativos para a guerra tomados pelas nações mais ricas e armadas do planeta.

Publicidade

Gorbachev, que governou a União Soviética em seus últimos anos, no final dos anos 1980, foi um dos responsáveis pela política de desarmamento que levou URSS e EUA a diminuir de maneira considerável seus arsenais nucleares depois de mais de quatro décadas de Guerra Fria.

De acordo com ele, depois de terem reduzido seu potencial atômico em cerca de 90%, os países voltaram a participar de uma nova corrida armamentista, com Estados Unidos e os países europeus da Otan parecendo cada vez mais perto de um conflito armado com a Rússia.

Segundo Gorbachev, a primeira medida que os países que têm armas atômicas precisariam adotar seria assinar um termo, com mediação das Nações Unidas, dizendo que o uso de armas nucleares é inadmissível. As armas nucleares só podem existir como meio de prevenir a guerra, afirma ele.

“Hoje, porém, a ameaça nuclear voltou a parecer real. As relações entre as grandes potências foram de mal a pior nos últimos anos. Os defensores do armamento e do completo militar-industrial estão esfregando as mãos. (…)

Existe a visão de que o diálogo deve se concentrar no combate ao terrorismo. Isso é realmente uma tarefa importante, urgente. Mas, como centro de um relacionamento normal e de uma eventual parceria, não é suficiente.

Publicidade

O foco deveria ser novamente na prevenção da guerra, reduzindo a corrida armamentista, e diminuindo o arsenal nuclear. A meta deveria ser concordar, não apenas quanto à quantidade e ao limite de armas nucleares, como também quanto aos mísseis de defesa e a estabilidade estratégica.

No mundo moderno, as guerras devem ser banidas, porque nenhum dos problemas globais que enfrentamos podem ser resolvidos pela guerra – nem a pobreza, nem o meio ambiente, a migração, o crescimento populacional ou a escassez de recursos.”

Siga o blog no Twitter.

Curta a página do Caixa Zero no Facebook.