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Neste fim de semana, o Coritiba caiu para a segunda divisão do campeonato brasileiro. Recentemente, o Atlético passou por isso também. E o Paraná Clube amargou uma década sem subir para a elite (sem falar nos times do interior, que não têm nem chegado lá).

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O futebol do Paraná tem sempre ficado numa posição intermediária: abaixo de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas e dos gaúchos. Mas, em geral, acima do resto do país (junto com alguns outros estados do mesmo porte). Sempre tem um representante na Série A, mas não consegue colocar três ao mesmo tempo há alguns anos.

Na política, não é melhor a situação. Pelo contrário. Se algum dia teve uma situação de pequeno destaque, hoje o Paraná está cada vez mais recolhido ao segundo time da política nacional. Não tem praticamente nenhuma figura de relevo e não consegue se impor nem em questões básicas no cenário nacional.

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Começando pelo básico: o Paraná jamais teve um presidente da República, em quase 130 anos. (O Rio Grande do Sul, mais ou menos com o mesmo tamanho teve seis.) Nunca teve um vice. Nunca teve um candidato sério, sequer (o último foi Affonso Camargo, que não chegou nem a um por cento dos votos).

Agora, tem um suposto pré-candidato, Alvaro Dias. Se conseguisse mesmo os 4% que as pesquisas andam lhe dando, já seria um marco. Mas quanta diferença para estados com população bem menor… Afinal, para lembrar, o Paraná tem a quinta maior população e a quinta (ou sexta) maior economia do país.

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O estado também nunca presidiu a Câmara dos Deputados. Nem o Senado. Nem o Supremo Tribunal Federal. Aliás, ficou mais de 100 anos sem um ministro no STF – e o que temos agora, Edson Fachin, na verdade nasceu no Rio Grande do Sul.

O estado de vez em quando emplaca um ministro, mas só uma vez teve a chefia da Casa Civil, com Gleisi Hoffmann. E mesmo no período dela o estado continuou na rabeira da fila para receber recursos federais.

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Na conjuntura atual, nem mesmo o governador Beto Richa tem força política – sequer dentro do próprio partido. O PSDB por esses dias esteve pegando fogo. No noticiário nacional, as principais lideranças nacionais se digladiavam: Alckmin, de São Paulo, Tasso Jereissati, do Ceará, Marconi Perillo, de Goiás… Alguém ouviu falar em Richa?

O único motivo que a imprensa nacional vê para cobrir política a partir do Paraná é a Lava Jato – uma espécie de antipolítica. Ou quando Ponta Grossa, por exemplo, aparece como a capital nacional da Reaçolândia.

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