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Eduardo Cunha. Foto: Valter Campanato/ABr.
Eduardo Cunha. Foto: Valter Campanato/ABr.| Foto:
Eduardo Cunha. Foto: Valter Campanato/ABr.

Eduardo Cunha. Foto: Valter Campanato/ABr.

Tem muito defensor da presidente Dilma Rousseff indignado com o fato de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), apesar de tudo, não ter tido ainda o mesmo destino de tantos réus da Lava Jato: a carceragem da Polícia Federal em Curitiba.

De fato, com muito menos provas, outros réus foram presos e até condenados. Eduardo Cunha, além dos testemunhos dizendo que levou propina – e graúda – tem provas recolhidas até pelo Ministério Público suíço. E sua defesa, de que não sabe de onde recebeu milhões de reais em sua conta, é no mínimo frágil.

Os petistas de Facebook costumam dar a entender que essa seria uma prova da parcialidade da Lava Jato e do juiz Sergio Moro. Nenhum sentido nisso. A lei exige que, no caso de parlamentares, o processo siga para o Supremo Tribunal Federal, que é o que foi feito.

A explicação para Cunha estar solto, mesmo que se considere que as provas contra ele são cabais, é dupla. A lerdeza do STF se soma ao fato do foro privilegiado.

Enquanto na primeira instância o juiz Moro já condenou gente (sem nem falar das prisões temporárias e preventivas) no STF nunca se ouve falar do andamento dos inquéritos contra deputados federais e senadores investigados.

Pode-se gostar ou não desse fato. Mas é verdade que, não fosse o foro especial, Cunha estaria preso muito antes de ter iniciado o processo de impeachment contra a presidente.

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