Enquanto no Brasil discute-se como colocar a inflação no centro da meta (ou numa meta mais baixa, caso Aécio Neves venha a ser o presidente), o mundo industrializado parece preocupado com o fato de haver inflação “de menos”.
O gráfico ao lado mostra os índices de inflação nas zonas de maior atividade econômica do mundo. A China tem o maior índice, mas tem também o maior crescimento (ainda a cerca de 7% ao ano). Na Europa, nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha, a inflação anual oscila entre 0,3% ao ano e 1,5% ao ano. Nada comparável aos nossos 6,5%.
Mas a explicação, no caso dessas três últimas áreas, segundo analistas, pode ser, simplesmente, a crise econômica. Desde 2008, os EUA e a Europa não se recuperaram totalmente e ainda há pouco crédito, menos investimento e um cenário de espera. Com isso, os cidadãos gastam pouco e não criam pressão sobre a inflação.
Não quer dizer que o caminho do Brasil seja melhor, claro. Aqui, igualmente, o crescimento tem sido baixo. Mesmo assim, no caso brasileiro, a inflação é bem mais alta do que nessas outras regiões (embora ainda não seja uma grande inflação anual). Como sair desse impasse? Os presidenciáveis que apontem seus caminhos.