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O levantamento que vem sendo mantido pelo movimento Vem pra Rua mostra que a presidente Dilma Rousseff (PT) hoje teria muitos problemas para evitar a abertura do processo de impeachment na Câmara. São necessários 172 votos para barrar o procedimento. Hoje, Dilma teria 116 votos certos: precisaria contar com metade dos que aparecem como indecisos. Reportagem publicada pela Gazeta do Povo neste fim de semana confirma os números.

No entanto, o mesmo levantamento do Vem pra Rua mostra uma situação bem mais confortável para Dilma no Senado. Lá, um terço da Casa, o suficiente para impedir que o processo continue tramitando, equivale a 27 parlamentares. Esse é exatamente o número que Dilma teria, segundo a conta. Isso precisando depender apenas dos que se declaram contra o impeachment, sem precisar de nenhum indeciso.

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Essa conta é importante para Dilma por dois motivos. Primeiro, porque é o Senado que realmente vota o impeachment. Em duas etapas: primeiro, dá início formal ao processo e afasta a presidente. Nesta primeira fase, a decisão é por maioria simples, e Dilma talvez não a conseguisse hoje (são 81 senadores, 41 votos para formar maioria). Depois, faz o julgamento do pedido. A Câmara apenas dá início à tramitação, mais nada.

Mas há outro motivo: sem ter certeza de que o Senado levará o impedimento adiante, os próprios deputados podem recuar, já que muitos parlamentares não teriam interesse em votar contra Dilma e depois se verem obrigados a conviver com ela como presidente por mais dois anos e meio.

Veja quem deve dar os votos a Dilma no Senado:

Angela Portela (PT-RR)
Benedito de Lira (PP-AL)
Donizeti Nogueira (PT-TO)
Edison Lobão (PMDB-MA)
Fátima Bezerra (PT-RN)
Fernando Collor (PTB-AL)
Gleisi Hoffmann (PT-R)
Humberto Costa (PT-PE)
Jader Barbalho (PMDB-PA)
João Capiberibe (PSB-AP)
Jorge Viana PT-AC)
José Pimentel (PT-CE)
Lídice da Mata (PSB-BA)
Lindbergh Farias (PT-RJ)
Marcelo Crivella (PRB-RJ)
Otto Alencar (PSD-BA)
Paulo Paim (PT-RS)
Paulo Rocha (PT-PA)
Randolfe Rodrigues (Rede-AP)
Regina Souza (PT-PI)
Renan Calheiros (PMDB-AL)
Roberto Requião (PMDB-PR)
Telmário Mota (PDT-RR)
Vandessa Grazziotin (PCdoB-AM)
Vicentinho Alves (PR-TO)
Walter Pinheiro (Sem partido-BA)
Wellington Fagundes (PR-MT)

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