O decreto que nomeou Marilane Aparecida Fermino para a vice-governadoria do Paraná, em 2015, traz uma curiosidade. A acomodação da comissionada, que hoje é citada na Operação Quadro Negro, gerou a exoneração de Audilene Rosa de Paula Dias Rocha – que três anos mais tarde seria nomeada por Cida Borghetti para o comando da Polícia Militar do Paraná.
O nome de Marilane veio a público com a delação de Eduardo Lopes, dono da construtora Valor. O empreiteiro admitiu à Justiça que sua empresa serviu para desvio de verbas da construção e reforma de escolas públicas no estado, durante a gestão de Beto Richa. Segundo ele, Marilane recebia valores ilícitos e entregava para pessoas dentro do governo.
Leia mais: Assembleia põe dois PMs para proteger aliado de Ratinho em tempo integral
Eduardo Lopes também diz que negociou uma espécie de “compra” de cargo comissionado para Marilane na vice-governadoria. A funcionária foi de fato nomeada em janeiro de 2015. A delação diz que o salário dela seria dado a Juliano Borghetti, irmão de Cida.
Todas as partes negam as acusações. A própria Marilane, por meio de seu advogado, diz que apenas “recebia ordens”. Hoje ela é ré na Quadro Negro. Entenda mais sobre o caso clicando aqui.
Uma consulta ao decreto, porém, mostra a curiosidade. A coronel Audilene, que acompanhou Cida na campanha de 2014, deixou o cargo, e a vaga foi usada para Marilane. Evidente que isso não significa nenhuma falta por parte da militar, que havia cumprido sua função e voltou aos quadros da PM.
Boicote do agro ameaça abastecimento do Carrefour; bares e restaurantes aderem ao protesto
Cidade dos ricos visitada por Elon Musk no Brasil aposta em locações residenciais
Doações dos EUA para o Fundo Amazônia frustram expectativas e afetam política ambiental de Lula
Painéis solares no telhado: distribuidoras recusam conexão de 25% dos novos sistemas
Inteligência americana pode ter colaborado com governo brasileiro em casos de censura no Brasil
Lula encontra brecha na catástrofe gaúcha e mira nas eleições de 2026
Barroso adota “política do pensamento” e reclama de liberdade de expressão na internet
Paulo Pimenta: O Salvador Apolítico das Enchentes no RS