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Nota de Gleisi não explica fatos citados pelo juiz Sérgio Moro
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A primeira resposta da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) depois de o juiz Sérgio Moro ter enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) documentos sobre supostos benefícios que ela tera tido com ilegalidades investigadas pela Lava Jato foi explicar sua relação com o advogado Guilherme Gonçalves.

Gonçalves, um dos mais renomados advogados da área de direito eleitoral por essas bandas, está sendo investigado. A acusação é de que ele geria um tal “fundo Consist”, e distribuiria dinheiro ilícito para várias pessoas. A Consist ganhou licitação do Ministério do Planejamento na época de Paulo Bernardo, marido de Gleisi. E o escritório recebeu R$ 7 milhões mesmo tendo prestado poucos serviços à empresa.

A nota de Gleisi basicamente tenta mostrar como era a relação dela com o advogado. Diz que os dois se conhecem, trabalharam juntos em campanha mas que a senadora não tem como saber dos contratos dele com outros clientes.

Porém, o que o juiz Sérgio Moro diz não é referente apenas à ligação dos dois. Gleisi, segundo os documentos enviados pelo juiz ao STF, teria sido beneficiada diretamente. E também seu marido, segundo as investigações.

São listados quatro indícios:

1 – Pagamentos a Hernany Bruno Mascarenhas, que seria motorista da senadora.

2- Pagamentos a Zeno Minuzzo, ex-dirigente petista.

3- Pagamento de uma multa da senadora.

4- Anotação de um pagamento de R$ 50 mil a Paulo Bernardo.

Sobre isso, a nota da senadora não fala.

Em off, pessoas ligadas a ela dizem que Hernany era motorista do próprio Guilherme Gonçalves e que Zeno só trabalhou com ela no partido, nunca no gabinete. Sobre a multa e sobre o pagamento a Paulo Bernardo, ainda não surgiram as respostas.

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