O presidente do Senado, José Sarney (PMDB), falou nesta segunda-feira em encaminhar um novo referendo sobre o desarmamento no país. Seria o segundo em seis anos.
É compreensível que todos estejam pensando em resolver o problema da criminalidade, especialmente depois da tragédia do Rio de Janeiro.
Mas, por outro lado, o referendo novo, se ocorresse, teria um gosto amargo para a democracia. A população votou sobre o assunto em 2005.
Na época, houve campanha dos dois lados, houve o debate e o povo decidiu.
Agora, um segundo referendo, em tão pouco tempo, ficaria com cara de que a população “não acertou” no voto na primeira vez, de acordo com o gosto dos políticos.
É como se os nossos representantes, desacostumados com consultas diretas, achassem que têm de dar uma segunda chance para nós, eleitores.
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