Fernando Francischini. Foto: Ivonaldo Alexandre/Arquivo Gazeta do Povo.| Foto:
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O vencedor das eleições para a Reitoria da UFPR ficou famoso fora da comunidade acadêmica exatamente um ano antes de sua vitória eleitoral. Em setembro de 2015, Ricardo Marcelo Fonseca teve uma  polêmica pública com o deputado federal Fernando Francischini (SD).

A razão da disputa foi o curso de Direito da Federal ter aberto uma turma para alunos do Pronera. Ou seja: basicamente, assentados da reforma agrária. Francischini disse que era uma “turma do MST” e partiu para cima do que viu como um aparelhamento do governo e da UFPR.

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O que tornou a disputa célebre foi a reposta de Ricardo Marcelo ao deputado. A primeira ironia vinha já no começo do texto quando Fonseca dizia fazer questão de responder ao deputado porque todos os paranaenses são conhecedores “da atenção que Vossa Excelência dispensa à educação” e que o pedido de informações não tem qualquer relação “com o conturbado contexto político atual”, mas sim decorria de um desejo de dar uma “genuína contribuição” para o debate sobre o ensino público superior no Brasil.

A seguir, o coordenador do curso dizia ainda que o deputado não precisa se preocupar porque todos foram selecionados por critérios meritocráticos (via Enem); lembrava que o Pronera não é uma invenção petista, mas vem do governo de Fernando Henrique Cardoso; e dizia que as universidades, não bastasse tudo isso, têm autonomia por lei.

Ao final, o texto ainda retomava o debate sobre o “interesse” do parlamentar sobre a educação. Convidava o deputado a ir à UFPR para saber mais sobre o tema. “Mas pode vir sem receio, pois vai encontrar um ambiente que tem aversão à violência por acreditar no diálogo; que acredita na inteligência como forma de evitar o confronto; que preza, enfim, a democracia, e sobretudo quer manter o espaço universitário como o território da liberdade.”

O deputado respondeu enfurecido, acusando o então diretor do Setor de Ciências Jurídicas de “petista” e fazendo uma série de denúncias contra o professor. Se isso ajudou ou não Ricardo Marcelo na eleição interna é difícil saber. Mas a turma para o Pronera, em todo caso, agora terá seu padrinho na cadeira de reitor.

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