O blog entrevistou o novo secretário de Comunicação da prefeitura de Curitiba. Paulo Vítola foi anunciado nesta quinta-feira como substituto de Gladimir Nascimento, que passa a trabalhar na Urbs. Herda do antecessor uma política bem-sucedida especialmente nas mídias sociais, onde a prefeitura conquistou mais de 457 mil seguidores só no Facebook. Veja o que ele tem a dizer:
Quais serão suas primeiras ações na secretaria?
A primeira providência vai ser traçar estratégia para os próximos dois anos. Essa estratégia vai reorientar algumas áreas de atuação e manter outras como estão atuando. Também vai haver um rearranjo das pessoas. Algumas permanecerão onde estão, outras serão remanejadas para novas áreas. E vão vir pessoas novas para compor a equipe.
Imagino que o senhor ainda esteja começando este planejamento.
Sim. Acabo de ser comunicado da escolha. Já estava em uma assessoria aqui da prefeitura, mas agora estou trancado no escritório planejando as coisas e organizando a primeira reunião que vou ter com a equipe na segunda-feira.
Mas o que muda?
Vamos trabalhar de forma um pouco diferente. O principal é que encerrou a licitação das agências de publicidade. Vamos chamar as agências para ajudarem na formulação de estratégia.
Quais são as agências selecionadas?
A Master continua e tem três novas agências. A Competence, de Porto Alegre, e duas agências de Curitiba: a Verbal e a Guarda-chuva. As agências até então vinham atuando por meio de um contrato prorrogado e não tinham sido chamadas a pensar a estratégia da comunicação da prefeitura desde o início.
O sr. é um homem da publicidade. É nessa área que vai haver mais mudanças? Ou também na assessoria de imprensa, no marketing…
Em todas as áreas. É preciso por exemplo compreender um pouco melhor o relacionamento com o público interno da prefeitura, que é de 40 mil pessoas espalhadas em 9 regionais, e que estão prestando serviços imensos à população. A preocupação com esse público precisa estar impressa no exercício diário da comunicação. Isso tem sido feito um pouco improvisadamente.
A comunicação da “prefs” no Facebook e nas redes sociais tem tido muito sucesso. Continua como está?
A comunicação nas mídias sociais vai ser mantida. Claro que uma ou outra medida vai ser tomada para que alguns conteúdos cheguem a esse público. Esse meio de comunicação tem servido bastante, atinge um público enorme na área jovem.
Duas características importantes desse trabalho via redes sociais são o humor e o fato de que o prefeito não aparece nominalmente. Isso muda?
Eventualmente o nome do prefeito vai começar a aparecer nesse meio. Vamos colocar o prefeito perto desse público também, claro que sem desvirtuar a linguagem.
O sr. acha que o prefeito foi ocultado na comunicação oficial?
Não foi ocultado. O primeiro ano da gestão foi muito difícil. Houve dificuldade para o custeio e alguns serviços de fato não foram tão bem quanto deveriam ter ido.
Especula-se que sua tarefa seria melhorar os índices de aprovação e intenção de voto do prefeito. Faz sentido?|
Eu não gostaria de ficar só com essa missão, de melhorar números de uma pesquisa, feita em um momento específico. Até porque estamos muito longe de um possível embate eleitoral. Meu desejo é valorizar aquilo que a prefeitura tem feito da melhor maneira que eu conseguir.
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