Leia o sensacional começo da matéria publicada pelo New York Times sobre Donald Trump e o Brasil, assinada pelo correspondente Simon Romero:
“O peruano vencedor do Nobel Mario Vargas Llosa chama Donald J. Trump de “racista imbecil”. No México, as pessoas estão se divertindo batendo em piñatas depois dos comentários duros que ele fez sobre imigrantes latinos nos Estados Unidos. Na Guatemala, uma empresa de bebidas está colocando pôsteres do sr. Trump usando uma palavra que, traduzida, o descreve como um idiota.
E então tem o Brasil…”
A partir daí, a reportagem fala sobre um novo e luxuoso hotel no Rio de Janeiro do grupo de Trump. E sobre como por aqui há quase nenhuma indignação (pelo menos em certa elite carioca) contra os comentários racistas de Trump.
Um dos entrevistados é Paulo Figueiredo Filho, apresentado como um magnata do setor imobiliário e que está construindo o hotel de Trump. Romero aproveita a fala laudatória de Figueiredo, que é neto do ex-presidente João Figueiredo, último ditador do período militar, para lembrar o momento atual do país que favorece a direita – inclusive citando os pedidos de volta do regime militar.
Outro entrevistado é Alfredo Lopes, da associação de hotéis do Rio, que diz considerar “um privilégio” ter um hotel de Trump na cidade.
Como última cereja do sorvete, Romero conta que recentemente, quando esteve no Brasil, perguntaram a Trump se ele tinha se reunido com Dilma Rousseff. A resposta foi: “Não. Quem é ele?”
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