Não faria sentido o governo de Beto Richa tomar outra decisão em relação ao aumento do pedágio, que deve vigorar a partir do mês que vem. O governo fez certo ao conceder o reajuste.
O valor está previsto em contrato. E contratos devem ser seguidos. Seu antecessor, Roberto Requião, chiava toda vez, esperneava, mas não conseguiu impedir um único centavo de aumento.
A briga servia apenas como discurso político. E como modo de marcar posição. Pouco mais.
Richa, porém, opta por um caminho totalmente oposto. Ao invés da birra de Requião, que depois de oito anos nem engraçada era mais, adota a tolerância extrema com as concessionárias.
Não chiar nem espernear é uma coisa. Falar em aumentar as concessões, bater cabeça com o próprio irmão (e supersecretário dos Transportes) por causa de novos possíveis acordos com as empresas, parece um excesso pelo outro lado.
Richa nunca prometeu que o pedágio ia baixar ou acabar. Também não disse que ia barrar os aumentos. Mas sempre que se questionava o seu modelo de gestão como “neoliberal”, “lernista”, ou o que fosse, ele negava.
Agora, no governo, está dando uma certa razão a seus críticos.
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