O caso da ANS deveria servir para ligar o desconfiômetro do governo. Supondo que o erro das autoridades tenha sido de boa-fé: o que aconteceu foi que deixaram que a Agência Nacional de Saúde Complementar, responsável por fiscalizar os planos de saúde, fosse governada por um representante dos próprios planos.
Supondo sempre que não houve intenção do erro da parte do governo. No mínimo, o erro faz crer que não se sabe fazer pesquisa sobre o currículo dos indicados para os principais cargos públicos do país. E que, se o sujeito quiser enganar o Planalto, terá uma tarefa simples pela frente. Basta omitir do currículo o que não quiser que se saiba.
As agências são órgãos fundamentais para cuidar de certas áreas sensíveis, especialmente na saúde. No entanto, o governo teima em aparelhar essas instituições. E, quando não o faz, aparentemente deixa que as empresas interessadas em fugir da fiscalização façam o próprio aparelhamento.
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