Agora o pessoal entrou nessa de discutir se o mensalão foi ou não foi o maior escândalo da história do país. Foi só o mais investigado, disse Luiz Roberto Barroso, coincidentemente recém-alçado ao STF pelo governo petista. Ah, mas tem o mensalão do PSDB. Ah, o escândalo da Siemens. Ah, na construção de Brasília o Juscelino isso e aquilo…
A baboseira vai correr solta nos próximos dia, principalmente em razão das denúncias de um cartel que teria atuado em São Paulo, enclave tucano nos últimos 20 anos. Qual foi o pior? Os tucanos agora gritam que o PT também fez negócios “piores” com as mesmas empresas. Outra discussão que não vale absolutamente nada.
Em política, especialmente a partir de um certo ponto, não existe diferença entre “escândalo maior” e “escândalo menor”. Se o sujeito enfiou a mão no jarro, é grave o suficiente. Foram, R$ 2 milhões ou R$ 200 milhões? Isso significa que do mesmo modo trata-se de um culpado.
Claro: existe diferença entre levar uma bolada imensa e esquecer de devolver um clipe de prender papel tirado da mesa da prefeitura. O resto, não se discute. É apenas mais uma amostra de quanto somos infantis ao discutir corrupção Tudo se resume a dizer que “a corrupção do meu candidato é menos má do que a corrupção do seu candidato”. E assim vamos perdoando um crime depois do outro. E reclamando da impunidade.
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