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O processo que levou à decisão do PSD na eleição municipal de Curitiba reflete a maneira mal ajambrada como a legenda foi construída, não só no Paraná como em todo o Brasil.

Primeiro, enquanto não sabia que poder de barganha teria, o partido estava praticamente fechado com Luciano Ducci (PSB), o atual prefeito. Até faria sentido, já que seus integrantes apoiaram esse grupo na câmara e são em geral próximos a Beto Richa (PSDB).

Quando se viram com tempo de tevê (graças ao STF) e sem a vice de Ducci, partiram para múltiplas negociações. Falaram em apoiar Ratinho Júnior, Gustavo Fruet e até em lançar candidatura própria.

Ora, alguém que cogita apoiar todos os candidatos possíveis é porque não sabe o que quer da vida. Exatamente o caso de um partido sem ideologia, criado a fórceps para dar legenda a descontentes com seu ninho de origem.

Agora, o partido decidiu que vai mesmo de Ducci. Mas já em sua primeira eleição vai rachado. E Ney Leprevost, presidente municipal, liberou cada um para atuar como quiser. Não quer constranger ninguém.

Isso mostra que além de não pensarem do mesmo modo (e, sendo assim, para que haver partido?), não há ordem na legenda. Cada um faz o que quer porque tudo o que interessa são os interesses particulares.

Imaginem no PSDB ou no PT, no DEM ou no PSol, se os militantes seriam liberados para fazer o que quisessem! A decisão interna, num partido que tem projeto e ideias, é para ser cumprida.

Mas o PSD quer é ser um trampolim para seus membros. E, nisso, tem chance de ser bem-sucedido. Afinal, PMDB e PSB vivem disso há tempos e nenhum de seus integrantes tem tido do que se queixar.

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