Há certas coisas que não combinam com democracia. Secretismo em excesso é uma delas. Qual é o sentido de os deputados estaduais não permitirem que a população tenha acesso às sabatinas feitas com os candidatos a conselheiros do Tribunal de Contas?
Não é difícil arriscar uma explicação. A Assembleia gosta da ideia de indicar quem bem quiser para fiscalizar as contas dos políticos (inclusive as contas dos próprios deputados). Os critérios de seleção para o cargo já são bastante vagos. Um deles diz que é preciso que o candidato tenha “notório saber”.
Caso a população pudesse assistir às sabatinas, provavelmente perceberia que muitos dos escolhidos para as vagas não são exatamente sábios em contas públicas. Ocultando as sessões de questionamentos, os deputados têm uma margem de manobra ainda maior para colocar quem for de seu próprio interesse na função.
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