A oposição ao prefeito Gustavo Fruet (PDT) propôs nesta quarta-feira uma moção de repúdio à prefeitura pela campanha publicitária relativa aos direitos dos deficientes. A campanha provocou irritação na cidade principalmente em função de sua primeira fase, quando um outdoor pedia fim dos “privilégios” aos deficientes. Na segunda fase, a “prefs” revelou que a campanha era a favor dos direitos e que a ideia era questionar discursos preconceituosos.
A campanha foi questionada até por aliados da prefeitura, como a senadora Gleisi Hoffmann.
A ideia da moção de repúdio foi sugerida pelo vereador Chicarelli (PSDC). Depois do requerimento, no entanto, o grupo de apoio ao prefeito Fruet passou a defender a campanha. Um dos argumentos é de que quem criou a campanha foi o próprio Conselho de Apoio às Pessoas com Deficiência.
Também oposicionista, o pastor Valdemir Soares (PRB) criticou a campanha. “As pessoas não precisam de pegadinhas publicitárias. Precisam, sim, de uma gestão séria na saúde, na educação”.
O vereador Pier Petruzziello (PTB) reagiu. “Eu sou deficiente e apoio a campanha. Deu tão certo, que hoje a secretária está na TV Globo.” A referência era ao fato do programa “Encontro com Fátima Bernardes estar entrevistando nesta quarta uma representante da prefeitura sobre a campanha.
“Se o vereador Pier não se ofendeu com o resultado da campanha, outras pessoas se sentiram ofendidas”, rebateu Valdemir.
O líder do prefeito Fruet na Câmara, Paulo Salamuni (PV), pediu a derrubada do requerimento.
Atualização: O vereador Chicarelli acabou desistindo da moção de repúdio.
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