A oposição ao governo Dilma venceu a batalha. Foi a terceira vitória consecutiva, na verdade. Primeiro, ganhou quando Cunha decidiu pela admissibilidade do processo. Depois, na única votação até aqui, havia vencido na eleição da comissão de impeachment. Agora, aprova o relatório pelo afastamento da presidente.
A margem, no entanto, foi menor do que a os opositores precisavam para demonstrar que o impedimento são favas contadas. Para aprovação na comissão, era necessária maioria simples: ou seja, mais da metade dos integrantes precisavam dizer “sim”. O voto acabou em 38 a 27, sem abstenções. Ou seja: a oposição teve 58% dos votos, e não 67%.
Mas no plenário, serão necessários dois terços dos votos para garantir que o impeachment chegue ao Senado. E isso a oposição não conseguiu na comissão. Para isso, precisaria proporcionalmente de 44 dos 65 votos. Com o mesmo resultado desta segunda, extrapolado para o plenário, conseguiria a maioria, mas não os dois terços de que precisa.
Além disso, o discurso “vazado” de Temer e outros fatos na semana poderão colocar ainda mais incertezas no cenário. Garantia mesmo sobre qualquer coisa na política nacional, só depois da votação de domingo.
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