É lógico que nem tudo em política deve ser decidido com base em pesquisas de opinião. Mas talvez fosse o momento de os manifestantes do tipo black bloc darem uma olhada no que estão fazendo com o país. Além de alienar dos protestos quem gosta de paz, estão fazendo com que as ideias de cidadania e de violência se mesclem de maneira perigosa.
Pesquisa publicada pelo Datafolha neste fim de semana revela que o apoio dos brasileiros às manifestações políticas de rua caiu significativamente. Isso aconteceu depois que a cena foi tomada por mascarados que atiram pedras como método de “violência simbólica” contra o sistema. Não há como negar a ligação: dos entrevistados, 89% disseram ser contra as máscaras.
Os intelectuais (poucos) que ainda apoiam esse tipo de manifestação pautada pela violência deveriam é estar preocupados com o que isso significa para o futuro político, inclusive deles. A população média passou a acreditar em junho que era possível ir às ruas e obter conquistas importantes por meio de pedidos razoáveis. Agora, o que fica é a ideia de que isso sempre degenerará para quebradeira.
Além de ilegítima, a quebradeira estúpida patrocinada pelos irrazoáveis fere a própria democracia. Transforma o imaginário popular fazendo crer novamente que ir às ruas é coisa de gente à toa interessada em baderna. Talvez para alguns intelectuais mais interessados em defender o governo do que em cidadania real isso seja interessante. A população, agora, não irá mais às ruas, acuada pela violência de um movimento irracional e contraproducente.
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