A sabatina de Osmar Dias para a Gazeta deixou clara uma coisa: ele não quer mais saber de ficar batendo boca com Beto Richa a essa altura das eleições.
Osmar respondeu às críticas feitas no dia anterior. Basicamente, negou tudo o que o adversário disse. Afirmou que quem traiu o compromisso entre os dois foi Beto; negou que existisse um “pacote” de candidaturas vendidas por Carlos Lupi a Lula; e disse que é “uma temeridade” eleger alguém “imaturo” como Beto.
Mas, sempre que podia, entre uma resposta e outra, dizia a mesma coisa. “Não quero mais falar disso”. “Tenho pouco tempo para apresentar propostas”. “Não quero ficar no bate-boca”…
Até seria uma atitude nobre. Mas o curioso é que Osmar passou boa parte da campanha querendo bater boca, e até provocando o adversário nos debates.
Ontem mesmo, quando teve chance, ainda cutucou Beto. Sempre que falava de algo sobre o adversário, dizia que “até os radares de Curitiba sabem disso”. (Algum significado oculto na frase?)
De qualquer jeito, assim como no caso de Beto, a sabatina deu a conhecer o que os candidatos têm a falar. O formato funciona muito melhor do que um debate, já que são duas horas de perguntas e respostas.
Alías, peço desculpas. Nos últimos dois dias, o blog ficou um pouco abandonado em função desse trabalho. Afinal, não é só a entrevista: há todo o preparativo, as duas horas do encontro, depois a transcrição, a edição, a preparação da versão para internet…
A partir de hoje retomamos aqui.
Mas valeu a pena: temos a versão menor no impresso, o texto na íntegra no on-line, o áudio integral também e trechos em vídeo. Nada melhor para conhecer o candidato.
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