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A grande dúvida do dia é mesmo se o senador Osmar Dias vai amarelar. Segundo o Twitter de Roberto Requião, Osmar já subiu no telhado. Outras fontes dizem que o senador já admitiu que não vai disputar o governo.

O fato, por enquanto, são as entrevistas concedidas ontem, em que Osmar disse que seria uma irresponsabilidade concorrer ao governo sem alianças, só com o PDT. E já dava até sinais de uma aproximação com Beto Richa.

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Na eleição passada para o governo, em 2006, Osmar Dias já quase não saiu candidato. Fez cena, ficou num vai não vai eterno. Chegaram a dizer que ele só concorria se estivesse com a bola na marca do pênalti e sem goleiro. Acabou concorrendo e perdeu por apenas 10 mil votos para Requião.

Seria uma irresponsabilidade sair candidato agora? Ué? Por quê? A única coisa que ele perderia seria, talvez, um mandato. Ninguém mais perderia nada, a não ser seu pequeno grupo que depende de seu mandato no Senado.

Se Osmar Dias realmente acredita que ele tem um projeto de governo melhor do que o dos outros, teria obrigação moral de ir adiante. Desistir só pelo medo de ficar sem mandato fica feio para a carreira do senador.

Por outro lado, quem deve estar feliz da vida é Beto Richa. Sem Osmar, ele pode antecipadamente comemorar a eleição. E vai fazer como fez em Curitiba. Ganhar com mais de 70% dos votos. Sem disputa.

Na verdade, Richa e Osamr já fazem parte, há muito tempo, de uma coalizão de “centro” que disputou as últimas eleições unida no Paraná. Não há muita diferença ideológica entre um lado e outro. E não acredito em planos de governo muito diferentes.

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O que me incomoda é que a saída dos dois ao mesmo tempo como candidatos parecia pôr a vaidade acima dos interesses do estado. Era uma briga de egos, mais do que de projetos.

Agora, se Osmar desistir, não vai ser por perceber isso. E, sim, por mais vaidade. Por medo de perder feio. Por medo de perder o mandato.

Esperemos as novidades. Mas tudo indica que Beto Richa está com as duas mãos na taça.