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O ex-senador Osmar Dias voltou, e voltou com seu velho estilo ranzinza na hora das entrevistas. Numa das primeiras rodadas de conversas com candidatos, na rádio BandNews FM, nesta segunda-feira, disse que está “de saco cheio” de ter que se explicar no caso da Odebrecht e reclamou de suposta desigualdade na corrida eleitoral, sem citar nomes.

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Osmar falou por vinte minutos sobre alguns dos principais assuntos da campanha. Começou, claro, falando da indefinição (que ele jura não ser indefinição) sobre o partido em que ficará. Diz que quer ficar no PDT e que já conversou com Ciro Gomes sobre isso. “Ele entendeu, mas preciso que o partido todo entenda”, disse Osmar.

A saia-justa é que o PDT term Ciro como presidenciável. E Osmar não tem como apoiar o irmão Alvaro, que corre contra Ciro no Podemos. “O Ciro disse que tem um irmão na mesma situação e que ficaria magoado caso ele não o apoiasse”, falou Osmar.

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Saco cheio

A conversa sobre denúncias começou quando se falou na vice de Osmar. Nas duas vezes em que concorreu ao governo, o candidato teve problemas com o companheiro de chapa (o último foi Rodrigo Rocha Loures, pego recentemente com uma mala de dinheiro ilícito correndo pelas ruas).

Osmar disse que muitas vezes se faz acordo para a vice pensando em tempo de tevê, mas que com os erros do passado descobriu que “é melhor ter menos tempo de tevê do que ter mais tempo para explicar o vice”. E disse que dessa vez pretende participar pessoalmente da escolha de quem estará em sua chapa.

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Chegando à Lava Jato, Osmar jurou de pés juntos que não tem nada a ver com a denúncia da Odebrecht – um ex-executivo o delatou, dizendo que houve repasse ilegal para a campanha de 2010. “Nunca vi esse sujeito e não houve um centavo de doação”, disse.

Osmar afirmou que é preciso tomar cuidado porque caso haja denúncias sem provas corre-se o risco de “eliminar da política” pessoas sérias. Estava se autoelogiando, claro. E tascou em seguida. “Me desculpe a palavra, mas a gente fica de saco cheio de falar nisso.”

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Uso da máquina

Para o ex-senador, o problema da política brasileira, além da corrupção, é a hipocrisia. Disse que vê “uso da máquina pública, de recursos públicos, uma desigualdade imensa na campanha”, mas não citou nenhum adversário nominalmente. “E praticamente ninguém nota”, afirmou.

Dois adversários de Osmar estão em cargos públicos. Ratinho Jr., ex-secretário de Desenvolvimento Urbano, é deputado estadual. E Cida Borghetti é vice-governadora de Beto Richa.

Segurança

Sobre prioridades para o estado, o candidato diz que o principal é a segurança. E aproveitou para espetar Beto Richa sobre os recentes desastres em cadeias superlotadas. “Enquanto a delegacia está superlotada, a polícia não pode ir à rua investigar crimes”, disse. Disse também que está na hora de o Paraná ter um governador que “entenda de agricultura”.

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