Osmar Dias já estava com um pé fora do PDT. Agora está com os dois. Numa nota enviada à imprensa nesta segunda-feira, criticou o posicionamento do partido em relação ao governo de Maduro na Venezuela.
Com o título de “Não há justiça social, sem liberdade”, Osmar afirma que entrou no PDT por acreditar “no trabalhismo e nos ideais de Leonel Brizola, que defendia a liberdade e a democracia e lutou por educação, justiça social e igualdade para o povo brasileiro.
Osmar se refugiou no PDT quando foi expulso do PSDB, ao assinar a CPI da Corrupção contra FHC. Se tinha algo a favor do trabalhismo? Pode ser. Quanto ao apego de Leonel Brizola apenas por regimes democráticos, a história não é bem essa.
Em todo caso, Osmar diz que não pode aceitar o apoio a Maduro. “A Venezuela vive uma crise política e econômica sem precedentes e uma crise humanitária de proporções cada vez maiores. O legado de Maduro é o da fome, da pobreza e do desespero”.
“Para se manter no poder, o presidente venezuelano quer implantar uma ditadura, calar seus opositores, subjugar a população”, diz Osmar Dias, que curiosamente não assina como político, e sim como “produtor rural e pré-candidato a governador do Paraná”.
A nota serve não só para dizer que o PDT, que lhe valeu uma sinecura por cinco anos no governo petista, não lhe serve mais, como para deixar claro que a proximidade com a esquerda acabou. O amor de Osmar Dias pelo PT era uma tatuagem de henna.
Agora, resta saber se irá para o Podemos do irmão Alvaro ou para o PSB, se aliar a Beto Richa, num novo amor de ocasião.
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