Osmar Dias teve tempos de bonança em sua passagem pelo Banco do Brasil. Agora, com a crise financeira, parece que vai enfrentar tempos mais difíceis. Nesta semana, admitiu que o crédito que tem para os agricultores está mais curto e que o juro deve ficar mais alto.
Desde o início do mandato de Dilma Rousseff, em 2011, Osmar é o vice-presidente de Agronegócios do Banco do Brasil. sua principal função é emprestar dinheiro para produtores rurais. Nos quatro primeiros anos, o volume emprestado só cresceu. Agora, empacou.
O problema é que o dinheiro emprestado para agricultores sai principalmente de depósitos à vista e de dinheiro da poupança. Mas houve uma fuga de dinheiro da poupança. Em 2014, por exemplo, o banco esperava ter R$ 165 bilhões, mas só teve R$ 148 bilhões.
Com o dinheiro mais curto, a avaliação é de que o empréstimo vai sair mais caro:
“Tem alguma possibilidade da taxa de juros continuar sendo a mesma praticada hoje? Acho difícil. Até onde ela vai? A resposta não é minha, mas acredito que o produtor [empresarial] ficaria satisfeito se ela não ultrapassasse 8,5% [ao ano] e que o volume de recursos fosse igual ao do ano passado, corrigido apenas pela inflação”, disse em audiência no Senado.
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