Osmar Dias diz que não é indeciso. Se irrita quando falam isso dele. Ou, segundo ele, atualmente, acha engraçado. De fato ele ainda não tem muita ideia de com quem vai na eleição: se com a esquerda ou a direita. E o que dá a impressão de indecisão pode ser a situação do quadro geral da eleição, que ainda parece confuso.
Mas o fato é que Osmar realmente ainda não tem um só aliado garantido a seu lado. Nenhum partido, nenhum grupo político, nenhum grande cabo eleitoral fora do PDT (que, convenhamos, fora ele, só tem Gustavo Fruet com mais peso).
E isso pode se dever a uma certa intransigência de Osmar. Por exemplo: ele deixou claro que só aceita trocar de partido se for para ser presidente da legenda. O que pode deixá-lo condenado ao PDT, onde, diz ele mesmo, só tem R$ 15 mil mensais para pagar as contas.
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Parece não topar acordo com o atual governo, e tem bons motivos pra isso. Não quer se comprometer com coisas que Beto poderia exigir. Não quer carregar o ônus dos erros de Richa. E não quer se dobrar a Beto, que na versão de Osmar teria sido traíra em 2010, quando desrespeitou uma cordo e saiu da prefeitura para tentar o governo.
Mas também não parece disposto a ceder ao outro lado, a Roberto Requião. Procurado, manteve uma certa distância, o que irritou o peemedebista. Agora, os dois teimosos ficam sem querer ceder. E Osmar também não quer papo com o PT, que serviu por oito anos, mas que também vê como ex-traidor de 2010.
Com tudo isso, não sobra muito gente. E Osmar, que tinha tudo para ser uma força unificadora, está cada vez mais parecendo rumar para o isolamento.
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