O “petismo” de Roberto Requião (MDB) teria sido o principal ponto da recusa de Osmar Dias (PDT) incluir o partido em sua chapa. Em declaração à CATVE, de Cascavel, Osmar disse que não pode “levar para sua campanha aquilo que toda a população está rejeitando”.
Osmar Dias disse seu “não” oficial aos emedebistas na tarde desta terça-feira, depois de um longo namoro que terminou em frustração. Embora ainda precise de aliados para viabilizar sua candidatura, Osmar chegou à conclusão de que o peso da rejeição a Requião lhe tiraria muitos votos.
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Requião é um lulista de carteirinha e foi um dos que defenderam Dilma Rousseff (PT) mesmo nos últimos dias do mandato, se recusando a votar por seu impeachment. Embora tenha sido crítico da política econômica do PT, Requião, ao contrário de outros, se recusou a renegar sua proximidade com os ideais do partido.
Osmar também foi próximo ao PT. Subiu no palanque com Lula em 2010, quando disputou o governo do estado pela segunda vez, e começou seu discurso, até um pouco ironicamente, com um “companheiros e companheiras”. Derrotado, aceitou ser vice-presidente do Banco do Brasil, onde ficou até a derrocada de Dilma.
No entanto, agora Osmar diz que sua participação no governo foi “técnica”. Ao contrário de Requião, ele não teria qualquer ligação com o partido. “Eu não quero uma aliança com o PT. Quando o Requião defende as teses do PT ele me obriga a defendê-las também”.
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Osmar ressaltou à CATVE que tem pensamentos que batem com os de Requião. Os dois pensariam “no desenvolvimento do estado e na defesa das estatais”. E diz que Requião “tem o seu respeito”.
Além disso, Osmar afirma que o partido de Requião exigiu a vice e outros cargos na chapa. E que ele quer uma aliança meramente programática.
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