A charge do cartunista Paixão publicada nesta sexta-feira na Gazeta do Povo mostra bem a situação da presidente Dilma depois do escândalo provocado pelo enriquecimento de Palocci.
O problema não é nem tanto a imagem de Dilma com a população. E, sim, o estrago que sua própria base vem causando. A base não apenas rachou. Está consumindo a presidente.
Dilma, assim como seus antecessores, não tem uma base grande o suficiente no seu partido. Os petistas, que apoiam Dilma por convicção, são menos de um terço do que ela precisa para governar.
Os outros dois terços são de peemedebistas e de outros partidos menores que, ao fim e ao cabo, estão ao lado da presidente apenas por conveniência.
Ao vê-la fraca, atacaram e estão tentando tirar o maior butim possível. Por enquanto, se contentaram com algumas votações em que tinham interesse. Se Dilma não tirar Palocci já, o preço pode aumentar.
É o custo do tal presidencialismo de coalizão que nós temos. A presidência, em qualquer momento, pode virar refém de partidos interessados em última análise apenas em conseguir cargos e vantagens.
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