Entrevistado desta segunda-feira (19) no programa Roda Viva, da TV Cultura, o ministro da Saúde, Ricardo Barros (PP), foi duramente questionado a respeito da febre amarela no país. Desde o início do chamado ano epidemiológico, em julho passado, são 464 casos confirmados da doença e 154 mortes. O auge da crise ocorreu na virada deste ano, quando pessoas chegaram a esperar horas nas filas dos postos de saúde da Região Sudeste em busca da vacina.
“Desde 1940, temos uma média de 80 óbitos no país e vamos ter de conviver com isso, porque se trata de uma doença endêmica. Infelizmente, pode sim aumentar o número de mortes”, afirmou. Barros, porém, negou que tenha havido falha por parte do ministério e defendeu a atuação do corpo técnico da pasta, que, segundo ele, é extremamente qualificado e seguiu todos os protocolos da Organização Mundial de Saúde (OMS). Para o ministro paranaense, o principal erro em todo esse episódio foi das pessoas que se dirigiram a áreas de risco da doença sem se vacinar com pelos menos dez dias de antecedência.
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Segundo Barros, ao fim do atual ano epidemiológico, em junho, a pasta vai avaliar a possibilidade de vacinar todo o país contra a febre amarela. Ele garantiu que há vacinas para todos os brasileiros que ainda não tomaram a vacina e lembrou que é necessária uma única dose para toda a vida.
Questionado sobre o que conhecia a respeito da doença antes de assumir o Ministério da Saúde, Barros, que é engenheiro civil, foi sincero: “Não sabia muitas das coisas que sei hoje. Não me propus a entender tudo. Por isso, as decisões são da área técnica: se vai vacinar, quanto vai vacinar. Como ministro, eu executo as decisões da área técnica. Estudo muito. Trabalho 14 horas por dia e, aos poucos, aprendo muitas coisas”.
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